O Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP) promoverá, na sexta-feira, 29 de junho, evento comemorativo aos 50 anos da Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire. Organizado pelo círculo de diálogo da disciplina Educação popular e construção partilhada de conhecimento em saúde, o evento contará com a participação dos pesquisadores da ENSP, Eduardo Stotz, Gil Sevalho, Marize Cunha, Rosely Magalhães, Sergio Ramos, Danielle Ribeiro, Augusto Pina e Kátia Reis. A atividade é aberta a todos os interessados e não necessita de inscrição prévia.
Segundo a coordenadora do Cesteh/ENSP, Kátia Reis, foi em 1968 que Paulo Freire concluiu o manuscrito do seu livro mais importante, a Pedagogia do Oprimido. “Sem dúvida, trata-se de um clássico da educação brasileira e patrimônio do povo latino-americano. Nessa obra, encontram-se as bases de reflexão a respeito de um tradicional e atual problema: a existência de opressores e oprimidos, e a permanência da desigualdade social em nossa realidade.”
Ainda de acordo com Kátia Reis, essas desigualdades podem ser redefinidas pelos processos de aprofundamento da concentração de renda, da exploração do trabalhador e da privatização do Estado. Além disso, perduram o desemprego estrutural, perda de direitos sociais, precárias condições de trabalho, bem como o enfraquecimento dos coletivos de trabalho.
“São constatações que nos levam a crer que estarmos diante de uma conjuntura que exige transformações qualitativas sob a perspectiva da luta pela emancipação social e do fortalecimento de sujeitos políticos coletivos, por meio de uma teoria pedagógica plural para reinvenção das possibilidades de vida. Portanto, a comemoração do livro inspira a novas ações frentes aos desafios colocados pela realidade dos graves problemas sociais e humanos. Esperamos, nesse evento, debater esses e outros aspectos presentes no cotidiano do povo brasileiro à luz da atualidade do pensamento de Paulo Freire.
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