Mestrado Profissional em Vigilância em Saúde do Trabalhador

O curso tem a duração total de 24 meses (março 2017 – março 2019), sendo estruturado em quatro Unidades de Aprendizagem (UA) realizadas em regime presencial, complementadas por Atividades de Conexão (AC), Seminários Temáticos (ST), o desenvolvimento do projeto de pesquisa e a elaboração do produto do mestrado (dissertação ou outro produto, de acordo com as regras da CAPES). As atividades presenciais serão executadas no primeiro ano, através de 10 módulos mensais de 45 horas/aula concentrados em uma semana, e no segundo ano, através de dois módulos com carga horária de 30 horas/aula cada um, visando o acompanhamento do desenvolvimento dos projetos de pesquisa.

Além das atividades presenciais o curso prevê o uso de quatro horas semanais na Comunidade Virtual (CV). Gerenciada pelo Ensino à Distância (EAD) da ENSP, a CV visa facilitar a comunicação entre professores e alunos durante todo o período do curso, disponibilizando os conteúdos dos módulos, referências, filmes, material de apoio, além de promover fóruns temáticos e chats para discussões coletivas, totalizando 16 horas mensais.

ATIVIDADES PRESENCIAIS 2017-2018

O Curso de Mestrado Profissional em Vigilância em Saúde do Trabalhador (MP-VISAT) é uma proposição da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/FIOCRUZ) em parceria com a Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador – CGSAT/DSAST - do Ministério da Saúde, decorrente da solicitação dos diversos Centros de Referência da Saúde do Trabalhador (CERESTs) e das Secretarias de Saúde, da República Federativa do Brasil. A primeira edição foi dirigida a profissionais dos estados das macro-regiões Norte e Centro-Oeste (maio de 2012 a abril de 2014). Nesta segunda edição (março 2017 a fevereiro 2019) o curso será ofertado, na ENSP/FIOCRUZ, aos servidores públicos federal, estadual e municipal de todas as regiões do país vinculados à Rede Nacional de Saúde do Trabalhador (RENAST), do quadro efetivo de pessoal, seja por atuação direta nos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), seja por colaborarem com suas ações em organismos parceiros.

ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA

As experiências no âmbito dos serviços de saúde necessitam ser sistematizadas, analisadas e socializadas, visando subsidiar a formulação de políticas públicas e o desenvolvimento de ações intersetoriais na área da Saúde do Trabalhador, assim como fortalecer a participação da sociedade civil organizada. Neste sentido, o resgate das experiências adquiridas pelos serviços, seguido de seu desenvolvimento/enriquecimento, se constitui numa importante estratégia para consolidá-las, contribuindo para superar alguns dos atuais impasses operacionais com o suporte teórico e metodológico da área. Através de uma metodologia participativa, os desafios enfrentados nos serviços serão debatidos e compartilhados durante todo o processo do curso, propiciando uma troca dialógica para a construção coletiva do conhecimento. A concepção pedagógica ancora-se na participação e no diálogo problematizando a realidade, estimulando o pensamento crítico. A formação com base na perspectiva dialógica em que as relações entre professores e alunos não se fundam em distinções hierárquicas, visa potencializar a produção de estratégias coletivas, buscando outra inscrição, para deslanchar ações transformadoras. Instigar o pensar sobre a atividade dos profissionais de ST, não apenas seus entraves e limites, mas a busca de outros caminhos, outros possíveis para o enfrentamento dos problemas e obstáculos.

Sobretudo busca-se desenvolver a atividade e protagonismo dos profissionais da ST, ampliando seus recursos para agir, por meio do desenvolvimento de ações que envolvam a qualificação dos processos de formulação, implementação e gestão das ações de vigilância.

Para facilitar esse processo desenvolvemos um dispositivo pedagógico que denominamos Grupos Situação-Problema (GSP) que visam aglutinar em torno de um tema relevante para a área de Saúde do Trabalhador, alunos e professores no intuito de pensar a prática, realizar reflexões e estruturar ações em torno das situações problemas. Esses grupos terão como tarefa a organização de seminários, elaboração de materiais que subsidiem ações de vigilância, como vídeos, cartilhas etc, além de textos para compor uma publicação ao final do curso.

Grupos Situações-Problemas – Grupos formados por quatro (4) a cinco (5) alunos, sobre temas relevantes para a Saúde do Trabalhador, com dois (2) monitores, com perfis diferenciados (um com maior experiência acadêmica e outro com maior experiência nos serviços). Além dessa composição contaremos com um grupo de apoiadores (total de quatro) que terão o papel de estimular os grupos específicos, a partir de uma visão mais macro dos problemas e estratégica da política, buscando favorecer uma ação integradora, propositiva, a partir de articulações intra e interinstitucionais, com base no controle social.